Deus é Exaltado Entre as Nações
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” (Salmos 46.10)
Para a Sua própria glória, e para o bem da humanidade, Deus se revelou de variadas maneiras, para proclamar a Sua existência e atributos grandiosos e gloriosos, de forma que veio a ser exaltado e conhecido em todas as nações, em toda a Terra.
Muito se conhece sobre a Sua pessoa, caráter e vontade, e o modo como age em relação ao homem quando este transgride ou obedece Sua vontade moral, e isto é melhor entendido por aqueles que compõem o Seu povo, que conhecem não apenas o aspecto moral como sobretudo o espiritual desta vontade.
Por meio deste conhecimento em que o Grande Legislador fixou não somente a norma, como também as penas e as recompensas, respectivamente para os casos de transgressão ou obediência de suas leis imutáveis e eternas, as quais, a propósito não revelou somente através das Escrituras, como também pela inscrição da lei moral na consciência dos homens, estes se tornam responsáveis perante Ele, querendo ou não, reconhecendo-o ou não como o Senhor absoluto de suas vidas.
Para isto mesmo somos alertados pelos muitos exemplos que Ele produziu ao longo da história da humanidade para que sejamos indesculpáveis perante Ele, quanto a tentar negar a Sua existência e em consequência viver de modo contrário à Sua vontade no que havia planejado para o que deveríamos ser para Ele e para o nosso próximo.
Para isto mesmo, Deus declarou que havia levantado o faraó obstinado dos dias de Moisés, endurecendo-o, para que através daquela resistência Ele demonstrasse o Seu grande poder e glória em julgar, realizando sinais portentosos de juízos sobre todo o Egito, ao mesmo tempo em que poupava deles o Seu povo - a nação de Israel. (Romanos 9.17; Êxodo 7.1-6; 9.12-17)
As ameaças e o propósito dos juízos é declarado expressamente ao longo de cada uma das pragas trazidas sobre o Egito, até a conclusão delas com a morte dos primogênitos.
Estes feitos foram proclamados em toda a Terra, e cumpriu-se o propósito divino de que Seu nome viesse a ser exaltado em todas as nações, porque são poucos, se ainda é que existem, que não tenham ouvido sobre a Abertura do Mar Vermelho e o modo como Deus tirou Israel do cativeiro no Egito com braço forte, humilhando todas as divindades egípcias, e dentre elas, o próprio faraó que era considerado até então como sendo deus sobre todas as nações.
O que se conhece do culto de adoração relativo a Isis e Osiris, divindades egípcias?
E sobre Artêmis, a Diana dos Efésios, cujo templo era grandioso nos dias do apóstolo Paulo?
E sobre as divindades dos reinos da Assíria, de Babilônia, da Pérsia, da Grécia, dos Romanos?
Quantos ainda lhes prestam adoração no mundo, e de acordo com o que foi determinado para a adoração de cada um desses falsos deuses criados pela imaginação dos homens e pela inspiração de demônios?
O único Deus verdadeiro trouxe humilhação a todos eles e aos seus adoradores, de modo que somente Ele seja reconhecido, como de fato deve ser, como o único criador do homem e sustentador de toda a criação.
Já antes mesmo das maravilhas e sinais que operou no Egito nos dias de Moisés, Deus vinha se revelando ao mundo e nos ensinando o que está reservado para aqueles que andam contrariamente ao modo determinado por ele para o nosso comportamento moral, sobretudo no que fizera no dilúvio nos dias de Noé, em que a violência havia se multiplicado em toda a Terra, e nos dias de Abraão com Sodoma e Gomorra, nas quais grassavam os pecados de violência e fornicação.
O mundo antigo foi destruído pelas águas do dilúvio, e as duas cidades das campinas pelo fogo que veio diretamente do céu sobre elas.
Dois monumentos gigantescos dos juízos de Deus contra o pecado foram levantados como testemunho e aviso para toda a humanidade, quanto ao que está reservado para aqueles que andarem contrariamente à vontade do Senhor, e contra a própria lei da natureza inscrita por ele em suas consciências, quanto ao dever de um viver na prática da justiça e daquilo que é puro e aprovado perante Ele.
Quantos desconhecem os atos de Deus no dilúvio e na destruição de Sodoma e Gomorra? Disso não há um registro nas mentes de todas as pessoas do mundo? Deixou-se de cumprir o propósito de Deus de ser exaltado entre todas as nações?
Glórias ao Seu santo nome, na verdade, o único nome que permanece para sempre, porque dele, por meio dele e para ele são todas as coisas.
Para a finalidade da exaltação do Seu nome, Deus nunca permitiu-se ficar sem testemunho na Terra. O maior deles foi a encarnação e o trabalho de salvação operado por nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Filho Unigênito, o qual prossegue dando testemunho na Terra por meio do Espírito Santo e da Igreja.
Quem pode negar a divindade de Cristo e permanecer sem culpa?
Tantos foram os sinais que Ele recebeu da parte do Pai para realizar que jamais poderiam ser feitos por nenhum outro. Na verdade, Ele não o fez apenas em Seu ministério terreno, mas durante todo o tempo de existência da humanidade, porque até mesmo o livramento de Israel no Egito contou com a Sua ação direta e presente, pois era o Anjo da Aliança que guiava o povo até lhe dar entrada em Canaã, e ainda prosseguiu cuidando dos interesses do Pai em Israel, conduzindo Josué nas batalhas que empreendeu, guiando os juízes no período assim chamado, e mesmo no cativeiro cuidou do povo, quando se apresentou na fornalha livrando os três jovens hebreus, amigos de Daniel.
A propósito, a respeito deste último evento citado, juntamente com as demais visões e operações que fez para exaltar o Seu nome e humilhar a soberba de Nabucodonozor e do reino de Babilônia, este rei, viu-se obrigado a reconhecer que não há Deus como o Deus de Israel, o único e verdadeiro Deus, do qual deu testemunho em carta dirigida a todos os reinos dominados por Babilônia, dizendo que toda a adoração deles deveria ser dirigida unicamente ao Senhor. (Daniel 4.1,37).
Depois dele, o mesmo testemunho viria a ser dado a todas as nações dominadas pelo rei persa Dario, que era então o imperador do mundo, pois enviou cartas às nações para dar testemunho da glória do Deus de Daniel, que lhe havia livrado da boca dos leões. (Daniel 6.25-28)
O próprio rei Ciro, que atuou conjuntamente com Dario para o livramento dos judeus do cativeiro em Babilônia, foi incentivado a fazê-lo, porque cerca de 200 anos antes do seu nascimento, ele fora designado para a tarefa por Deus, através da profecia de Isaías, sendo inclusive citado o seu nome, Ciro.
Depois destes reis medo-persas, Alexandre, o Grande, seria levantado por Deus para fazer a obra de juízo contra os reinos da Terra, e para reconhecimento de que não há outro Deus além dele.
Alexandre estava inseguro quanto a enfrentar o exército persa, que era muito maior do que o dele, e foi encorajado pelo Senhor num sonho em que lhe aparecia o sumo sacerdote de Israel com os trajes de glória, e com a lâmina de ouro com a inscrição Santidade ao Senhor, em sua testa, dizendo-lhe que deveria avançar contra os persas porque o Deus de Israel lhe garantiria a vitória.
Tendo vindo a Israel, saiu-lhe ao encontro o sumo sacerdote acompanhado dos líderes da nação, e Alexandre ficou tão maravilhado que era exatamente conforme lhe fora revelado em seu sonho, que se prostrou diante do sumo sacerdote e deu glórias ao Deus de Israel. Um de seus generais estranhou o fato e lhe disse porque estava se curvando diante de um homem, e então ele disse que não era ao homem que se curvava, mas ao Deus daquele sumo sacerdote que lhe havia falado em sonho.
Com isto, Israel foi livrado não somente de uma assolação que poderia lhe vir da parte de Alexandre, na extensão de seus domínios, como também, ele ordenou que fosse dada a incumbência a homens sábios, em Alexandria que produzissem uma cópia fiel e exata das Escrituras do Velho Testamento, vertidas para o grego, porque não havia lei tão justa como a do Deus de Israel, a qual desejava que fosse ensinada não apenas aos gregos, mas em todo o mundo.
Observem, que sequer ainda nos referimos aos grandes feitos nos dias de Jesus e apostólicos, e podemos observar quão grande testemunho o Deus vivo fixou no mundo a respeito de Sua pessoa e grandeza majestosa.
Tentar negar-lhe a existência e a Sua glória, é na verdade um ato vão, pois Ele gravou sua vontade na consciência do homem, e não há como ele se livrar disto, tentando cauterizar a consciência, afirmando para si mesmo que não há Deus, nem pecado, nem inferno, nem céu.
O mundo imaginário de John Lennon e de muitos outros, de nenhuma religião, nenhum céu, nenhum inferno, como cantou em Imagine, não pode passar realmente disto, a saber, da imaginação pueril e insana que tenta excluir da vida o autor da própria existência.
O próprio mundo pagão, se é que ainda exista, que não foi alcançado pelo testemunho de Deus através das Escrituras, o tem gravado na consciência, conforme dizer do apóstolo Paulo em Romanos 2.11-16.
Deus deixou gravado de várias formas e por toda parte um grande testemunho de Si mesmo, de maneira que o que se esforça para ser ateu, afirma na verdade aquilo que ele nega, pois há na sua consciência, recebido por tradição de seus pais ou da sociedade, direta ou indiretamente, várias noções sobre as intervenções de Deus na história da humanidade, as quais, permanecem verdadeiras e reais, ainda que ele tente se esforçar por negá-las.
Quem não ouviu sobre a história de como Deus, através de um menino, Davi, venceu o gigante Golias?
Quem não ouviu dos feitos de Sansão, que diferentemente de Hércules e de todos os semi-deuses inventados pela imaginação dos homens, foi alguém real e que serviu ao Deus de Israel e ao Seu povo?
Como com suas próprias mãos matou um leão, e mais de mil filisteus em uma única batalha usando apenas uma queixada de jumento, e como ele arrancou os enormes portões de bronze da cidade de Gaza e os transportou em seus ombros para um lugar distante?
O Deus de Israel, no entanto, não quer prevalecer pela força, mas pelo amor, e pelo Seu Espírito, e por isso parou no único testemunho de Sansão, quanto a poder dotar a quem quiser de poder físico extraordinário, tal como lhe havia dotado.
Mas o testemunho foi dado e a história tem percorrido o mundo até hoje, para que todos saibam que o único Deus verdadeiro é o Deus de Israel, que se revelou através das Escrituras.
Tal é o testemunho das Escrituras, que o próprio Islã, através de Maomé, fixou o Alcorão como livro que regula a vida dos muçulmanos. O que fez Maomé, senão tomar as Escrituras e dar-lhes acréscimos, que ele alega que lhes foram dados pelo próprio Deus, para explicar melhor o que havia dito a Moisés e aos profetas, quanto ao que seria o exato cumprimento da Sua vontade.
Nisto, Maomé transgrediu um critério fixado por Deus na própria Escritura, de que ela é perfeita na forma como foi produzida pela inspiração do Espírito Santo, de modo que nada deve ser acrescentado ou retirado dela, para que não incorram juízos sobre aqueles que o fizerem.
Deus jamais será glorificado do modo devido por qualquer adulteração que for feita na Sua Palavra revelada e escrita. Deve permanecer como está, pois é assim que se comprova que de fato ela é a verdade, porque o que está escrito é comprovado fielmente na vida dos que creem, pelas transformações que serão efetuadas neles, pela aplicação da própria Palavra.
Todavia, mesmo com aqueles que erram ao tentarem explicar as Escrituras, Deus não deixa também de ser exaltado entre as nações, porque aquilo que se supõe conhecer dele na religião, contribui para despertar muitos para ocuparem seus pensamentos sobre o Deus do qual se fala, e nisto, muitos deles chegam a conhecê-lo do modo pelo qual importa de fato ser conhecido, que é em espirito e em verdade – a única forma de lhe tributar a glória que lhe é verdadeiramente devida.
Neste contexto o Catolicismo Romano tem prestado ao longo de toda a era Cristã, excluído o período da Igreja Primitiva, um grande serviço para a expansão do nome do Deus de Israel entre as nações, porque falam das Escrituras e da pessoa de Jesus Cristo.
As superstições que acompanham o referido testemunho, certamente obscurecem a verdade mas não podem anular completamente o testemunho de que o Deus que pretendem servir é o Deus que se revelou na Bíblia.
Com eles se aplica, a rigor e guardadas as devidas proporções, o mesmo que ocorreu com os escribas e fariseus nos dias de Jesus, que eram os guardiães da Lei de Moisés, mas dos quais Jesus disse que os apóstolos poderiam seguir o que eles falavam, uma vez que reportavam às Escrituras, mas que não os seguissem em suas obras, porque não havia neles uma verdadeira adoração a Deus, fundada em santidade de vida.
Não importa, portanto, do ponto de vista divino, à luz da consideração de todas as coisas à luz da eternidade, sopesando cada período da história não de modo pontual, mas dentro de todo o escopo das presciência divina que tudo previu e determinou quanto ao curso que ocorrerá até a restauração de toda a criação depois da volta de Jesus, pois é assim que Deus tudo avalia, e não conforme o homem que como a aranha pouco consegue enxergar além de sua própria teia.
Enquanto vemos a tropa passar em desfile gradualmente no ponto em que nos encontramos, das alturas e da sua onisciência, Deus já viu e previu todo o desfile. Nada lhe surpreende, nem mesmo a presente tendência para o ateísmo em todo o mundo, pois como falamos antes, por mais que o ateu tente negar Sua existência, mais contribui para que o Seu nome seja exaltado, porque muitos se dedicarão a investigar em que fundamentos o ateísmo apresenta suas premissas, e com isto Deus acaba sendo achado até mesmo por muitos que não o procuravam.
O homem julga ser livre, mas é o Senhor quem lhe dirige os passos. Dentro de sua própria estrutura o homem não pode fugir quanto a si mesmo nas coisas que Deus previamente programou para nele existirem, quer no corpo físico, quer na mente, quer no espirito.
Quem pode negar o desejo sexual, pelo qual através das forças da libido impressas por Deus naqueles que foram chamados a se multiplicar, dando cumprimento ao seu mandamento, de que tudo o que tem vida animal se multiplique através da sexualidade dentro do casamento?
Quem pode negar o impulso da fome e da sede, pelos quais a vida do corpo é mantida?
Quem pode remover da mulher vocacionada para ser mãe, que é o caso da esmagadora maioria, o instinto maternal, pelo qual é chamada a gerar, criar, alimentar, formar um novo ser para compor a humanidade?
Os desejos normais e naturais na verdade foram programados por Deus, e o que se vê em alguns é um esforço para contrariá-los pela tentativa de criação de desejos que sejam opostos à natureza. É esta perversão que está sujeita ao juízo do Senhor, a qual, na verdade, atingiu toda a humanidade, em maior ou menor grau, dependendo de cada caso considerado, mas não se pode negar que a corrupção do coração que era originalmente puro e santo, atingiu a todos.
Somente por meio da fé em Jesus é possível haver uma restauração da santidade pelo retorno à imagem e semelhança com Deus. E este é um trabalho que começa com o novo nascimento do Espírito, mas prossegue com a santificação do mesmo Espírito. Mas tão grande é a ruína produzida pelo pecado que este trabalho de restauração é longo e difícil, requerendo muita diligência, aplicação e disciplina da parte daqueles que estão a ele sujeitados.
Mas, como falávamos antes, nem sequer a tendência para um crescente ateísmo no mundo, em face da falsa argumentação de que há maior progresso econômico, cultural e social, quando se deixa a religião de lado, e há uma dedicação exclusiva ao processo científico-materialista, pode impedir que Deus seja exaltado entre as nações. Ele será nem mesmo que seja no tempo do fim, quando o fará por meio dos grandes juízos que despejará sobre todo o mundo.
Dizemos falsa argumentação, porque quando o homem conquista patamares elevados de prosperidade material, nem aí se encontra ausente a providência divina, pela qual lhe é permitido não somente alcançar conhecimentos avançados de processamento da matéria, como também a dotação de meios necessários para isso na prodigalidade que Ele provê para eles, quer na agricultura, quer profusão de meios disponibilizados na Terra em recursos vegetais, animais e minerais.
Quem criou o átomo, de cujos elétrons se produz a energia elétrica? Quem disponibilizou o petróleo nas profundezas da terra e dos mares? Quem criou os compostos químicos básicos e que projetou a criação de novos compostos pela mistura dos existentes na natureza? Enfim, quem fixou o sol na órbita e distância adequadas da Terra, para que a vida seja mantida nela? Não devemos alongar a lista de indagações, porque esta seria quase infinita.
Mas, se ainda assim, insistimos em negar a glória que é devida exclusivamente a Deus e pretendemos adorar a criatura no lugar do Criador, também há uma previsão para isto, pois Deus permitirá que o Anticristo se levante sobre a terra, e será concedido a Satanás que faça através dele grandes sinais e maravilhas que levarão muitos a adorar não somente o Anticristo como também o diabo, que lhe dará tal poder extraordinário.
Isto durará não mais do que três anos e meio, pois ao final do período Jesus virá com grande poder e glória para subjugar o diabo, o Anticristo e todos os adoradores deles.
As Escrituras fixam este testemunho verdadeiro tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Deus previamente o declarou para que nenhum dos seus verdadeiros servos fique perplexo com o crescimento multiplicado da iniquidade no mundo. Porque ao lado da negação da obediência devida a Deus, há sempre esta deterioração moral da humanidade, que acaba por determinar terríveis juízos sobre ela, para que o mal não prevaleça integralmente na Terra.
É do Senhor a Terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam. Ele faz o que quiser com aquilo que lhe pertence, e não está debaixo do conselho de ninguém, e nem sujeito a pressões populares, como estão os governantes do mundo.
A este respeito, considere-se também que não há autoridade que não tenha sido instituída por Deus. Quem deu autoridade dos pais sobre os filhos? Aos magistrados e governantes sobre as nações? Quem deu o marido por cabeça à sua esposa? Dos patrões sobre seus servos? Não foi o homem que inventou isto, mas foi determinado por Deus e fixado na própria natureza humana, assim como as abelhas seguem a sua abelha rainha para onde quer que ela vá.
O comunismo tentou eliminar a religião e o culto a Deus não apenas nas nações em que vingou se estabelecer, mas em todo o mundo, com seu programa de expansão. No que deu quando chegou a parecer a muitos que o seu intento seria finalmente alcançado? Somente a Coréia do Norte ainda mantém a forma do regime nos termos em que ele foi instituído. E ainda assim, percebe-se uma nítida abertura de portas para o mundo democrático, pela aproximação de seu líder aos Estados Unidos e outras nações livres.
De modo que há mais ateísmo em várias nações da Europa do que nos próprios países que foram ou ainda continuam comunistas, os quais, a propósito não passam de sete nações, excluindo-se a própria Rússia, porque o regime no poder é do liberal Putin, e o partido comunista encontra-se enfraquecido, pelas novas tendências político-econômicas que estão se levantando naquela nação.
A luta por hegemonia, no mundo atual se estabelece em outras linhas diferentes das que nortearam os regimes capitalistas, socialistas, nazistas, fascistas, democráticos, monárquicos, totalitários, liberais, ou quaisquer outros, porque o grande deus do mundo chama-se Mamom. É ao dinheiro que a humanidade, presentemente, busca servir, e não o Deus verdadeiro, a verdade, o amor, o próximo, a pureza e a santidade.
Pelo contrário, é o pecado desenfreado a grande Revolução Pós-Moderna em prol da liberdade da humanidade. O homem é chamado a ser livre de todas as amarras que lhes foram colocadas pelo conservadorismo religioso, por normas de moralidade e de costumes. Por que castidade e fidelidade no matrimônio? Sexo livre e sem distinção de gêneros é a proposta que está em voga, sendo inclusive aprovada por vários governos mundiais.
Irreverência é um dos ingredientes da fórmula de sucesso. Liberdade de expressão em todas as suas formas é a regra, e não mais sobriedade, reserva e respeito e louvor ao que é digno, justo e puro.
Nos meios midiáticos aquilo que der maior audiência é o que deve ser levado ao ar, porque é uma garantia de maior faturamento. Pecado dá dinheiro. Pureza e castidade não desperta o interesse do grande público.
Não é sem motivo que tanto nos noticiários, quanto nos meios de cultura, se veja tanto de violência, sexo, drogas, abusos, desintegração familiar, escândalos, fofocas, funk, fornicação, adultérios, enganos, e coisas afins, porque tudo isto é o que o povo deseja ver e ouvir. Audiência garantida, faturamento aumentado.
A quem servem então os meios de comunicação de massas, quer pela TV, Rádio, Internet, etc? À divulgação da verdade e da justiça? Do amor e da pureza? Não. Todos sabem disto, ainda que não devidamente conscientizados quanto ao processo.
A convocação presente consiste em se tolerar o intolerável e se aceitar o inaceitável. Considera-se isto como demonstração prática de respeito ao próximo e de falta de discriminação. Todavia, Deus chama isto de conluio com o pecado. De se chamar o mal de bem, e o bem de mal. De ocultação do erro e de aprovação da transgressão.
Ninguém se iluda, porque assim como foi nos dias de Noé, até o dilúvio, também sucederá com a geração atual, com o juízo do retorno de Jesus. De Deus não se zomba, ainda que Ele seja muito paciente e longânimo na realização de seus juízos já decretados. A destruição já está determinada, e aguarda somente a hora de cumprimento da sentença, na hora que é do conhecimento exclusivo de Deus.
Tudo aponta para um tempo muito próximo, mais perto de nós do que talvez possamos imaginar, pois os sinais se encontram por toda parte.
Quem diria que o país de Lutero, o berço da Reforma, viria a figurar em nossos dias entre aqueles em que o ateísmo é ainda maior do que nos países ditos comunistas? Isto não é sintomático da apostasia referida pelo apóstolo Paulo, a qual juntamente com a manifestação do Anticristo, seriam os dois grandes sinais do retorno imediato de Cristo?
As nações que não figuram na lista daquelas em que o ateísmo tem crescido, também não se encontram em melhores condições diante de Deus pelo simples fato de não negarem Sua existência, porque na grande maioria delas não é percebida a qualidade de vida santa que é esperada por Ele da parte daqueles que professam o Seu nome.
Um hipócrita é aos olhos de Deus pior do que um ateu, porque este, pelo menos não afirma ser o que não é de fato, como é o caso dos crentes nominais.
Observe que a par da grande negação da existência de Deus muitas nações com grande número de ateus têm logrado alcançar uma grande prosperidade material, com avanços consideráveis em níveis econômicos, sociais e científicos.
Ora, Babilônia também não alcançou em seus dias com suas falsas divindades? Deus não lhes permitiu dominarem o mundo antigo? No entanto, onde está Babilônia?
O mesmo progresso não foi visto na Assíria em seus dias, antes de Babilônia? E onde foi parar a glória da Assíria? Do Egito dos faraós? Do Império Romano?
Prosperidade material não significa que é a religião ou Deus que a atrapalha. Obviamente aqueles que não gastam tempo na adoração de Deus, podem viver freneticamente servindo ao deus Mamom, e alcançarão, se lhes é permitido pelo Senhor, por algum período, o propósito deles.
É curioso observar que foi justamente na geração ímpia de Caim que se levantaram os grandes artífices e artistas do mundo antigo. Eles têm os seus sucessores legítimos em todas as épocas da humanidade. Eles constroem celeiros gigantes como o homem da parábola, ainda que isto seja à custa da perda de suas almas, por não terem reservado qualquer tempo para viverem de modo que fosse agradável ao Senhor.
Ai daqueles que constroem ídolos dourados para si mesmos e para o deus Mamom, à custa das riquezas que lhes foram disponibilizadas pelo Deus vivo e verdadeiro!
O que parece grandioso aos olhos dos homens carnais é uma grande abominação aos olhos de Deus, quando por esta falsa grandeza eles tentam expulsá-lo de suas mentes e corações.
Não precisamos que o tempo nos revele esta verdade, porque temos este exemplo fixado em todos os juízos que Deus trouxe ao mundo nos dias do Velho Testamento. Sobretudo à própria nação escolhida, o povo de Israel, que Ele tem mantido pequena e reduzida em número ao longo de toda a sua história, para que se testemunhe a todo o mundo que a grandeza de impérios antigos não lhes garantiu a continuidade, assim como tem sido concedido por Ele a Israel, ainda que seja um povo pequeno em número.
Na existência de Israel e sua continuidade na Terra a par de todas as tentativas de extermínio que sofreu e ainda tem sofrido, testemunha-se o grande poder de Deus para guardar e cumprir com fidelidade tudo o que tem prometido.
A Israel foi feita a promessa de vir a ser reino sacerdotal sobre a Terra, e isto será cumprido com a volta de Jesus para eles. Porque Deus vive, Israel viverá para sempre, e seu nome jamais deixará de figurar entre as nações, e será ela que será posta por fim como cabeça sobre todo o mundo. A nação rejeitada virá a ser a nação governante. As superpotências militares e econômicas terão que se dobrar a Israel e adorar Aquele que será o Rei eterno sobre todo o mundo.
Por várias manifestações do Seu poder, do Seu amor, da Sua justiça, dos Seus juízos, da Sua misericórdia, Deus se fez exaltado em todas as nações, de modo que ninguém será justificado em negar-lhe não somente a glória que lhe é devida, como também a obediência em amor para a qual criou o homem.
Ele é digno de ser honrado, mas estabeleceu um Caminho para receber esta honra, porque ninguém pode honrá-lo, caso não o faça através da honra que deve ser tributada a Jesus Cristo. Ninguém pode se achegar a Deus Pai, a não ser por Deus Filho. Não basta portanto, alguém dizer que crê em Deus Pai, quando nega a honra da mesma divindade ao Deus Filho.
E não somente isto. Esta aproximação deve ser feita com humildade, com reverência, com confissão, com arrependimento do pecado, porque o Deus do qual procuramos nos achegar é três vezes santo. Santidade é a regra da Sua casa, de modo que de todo aquele que se aproximar dEle, afirma que se santificará neles, ou seja, lhes medirá pela régua da sua santidade, graça e bondade, e não pelo mérito ou justiça do próprio buscador.
Tão grande é esta verdade, que a revelação da Lei não se limitou aos mandamentos morais, pois ali se prescreveu também e principalmente a lei da apresentação dos sacrifícios cruentos pelo sangue de animais limpos e perfeitos, que serviriam de tipo ao grande sacrifício de Jesus, que é o único meio pelo qual podemos ser redimidos, justificados, perdoados e aceitos pelo Deus que é totalmente justo e santo.
Todo aquele que não estiver debaixo da cobertura do sangue de Jesus não pode, por conseguinte, tentar se aproximar de Deus, e permanece debaixo da maldição da Lei e para sempre condenado.
Mas todo o que nega a si mesmo, toma a sua cruz e segue a Jesus para viver para Ele, achará a vida eterna e será livrado da maldição da Lei, e alcançou a finalidade para qual o homem foi criado desde o princípio, porque o propósito divino é o de que o homem que Ele criou viva em comunhão em espirito com Ele através de Jesus Cristo por toda a eternidade.
Deus criou o homem para viver no homem e o homem viver nEle. De modo que fora desta relação o que há é a morte, e morte espiritual e eterna, a qual pode ser vencida somente por meio da vida de Jesus que recebemos por meio da graça e da fé.
Para isto Deus se revelou e tem sido exaltado em todas as nações por esta revelação, para que os que são eleitos se aproximem dEle e sejam salvos. É impossível que alguém que busque a verdade, a justiça e o amor verdadeiros não venha a se render a Deus, por Jesus Cristo, porque temos este testemunho nas Escrituras e este testemunho se manifesta em nossas próprias vidas renovadas pela graça divina.
Graças ao Seu grande amor e misericórdia!
Louvado seja o Seu grande nome pelos séculos dos séculos, por ter demonstrado a nós pecadores, tão grande amor, misericórdia e bondade!
Bendito seja o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que sendo tão elevado, majestoso e exaltado nos céus e na Terra, condescendeu a olhar para nós, pobres vermes rastejantes, para nos tornar Seus filhos amados, pela simples fé no Seu Filho Unigênito, que foi dado para morrer por nós, e ressuscitar para a nossa justificação.
Glórias eternas ao grande trabalho da Sua alma, e tudo o que suportou por nós não somente em Sua morte na cruz, mas em todo o caminho que tem percorrido com a humanidade desde a fundação do mundo, manifestando em diversas ocasiões a Sua graça, amor e poder, para nos ajudar a enxergar a Sua existência, a conhecer a Sua pessoa e caráter, e assim alcançarmos a vida eterna.
“2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17.2,3)